OpenRAN Brasil lança comitê de governança e discute estratégias de contribuição com atores envolvidos

- 28/09/2022

Aconteceu em 23/9 a primeira reunião de kickoff do comitê gestor do OpenRAN Brasil, programa que visa acelerar o desenvolvimento do ecossistema de redes abertas a partir de pesquisa, desenvolvimento, inovação e capacitação em tecnologias e aplicações em 5G.

O encontro marcou o lançamento do comitê que trata da governança do projeto, que é apoiado pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e cuja realização está a cargo da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPQD).

O comitê reúne representantes do MCTI, Anatel, Ministério das Comunicações (MCOM), Associação Brasileira da Indústria Elétrica Eletrônica (Abinee), Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), Conexis, TIP, P&D Brasil, além da RNP e do CPQD.

O secretário de Empreendedorismo e Inovação do MCTI, José Gustavo Sampaio Gontijo, abriu o encontro e destacou o pioneirismo das instituições envolvidas com o OpenRAN no país. “Quando começou a se falar em OpenRAN, entendemos que, mesmo sendo um cenário para daqui a alguns anos, o Brasil precisaria estar preparado, com recursos humanos, empresas que conseguissem prestar serviços e desenvolver aplicações e sistemas que rodassem nesses parâmetros que ainda estão em construção,” disse o secretário.

Segundo Gontijo, o histórico bem-sucedido do desenvolvimento das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) no país ao longo dos anos faz com que o Brasil seja convidado a colaborar com quem está na vanguarda das tecnologias globais. “Não apenas com outros países, mas também com as empresas que estão fazendo investimentos grandes nessas tecnologias.”

O diretor do CPQD, Alberto Paradisi, e a diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da RNP, Iara Machado, apresentaram as três fases do OpenRAN Brasil, bem como o comitê estratégico de Governança e sua missão aos presentes. O encontro ocorreu de forma virtual e foi aberto para sugestões de como cada setor presente (indústria, governo, operadoras e academia) pode contribuir.

Capacitação profissional para o OpenRAN Brasil é ponto importante

“O comitê vem destacar a importância da governança para o programa. É a nossa aposta para construir um modelo de engajamento entre os parceiros, para discutir, conhecer as demandas e trazer entregas relevantes para o projeto,” disse Iara

Machado, que também apresentou os outros cinco comitês do programa: Acompanhamento da Execução, Relacionamento, Comunicação e Marketing, Capacitação, Técnico e Testbed.

Também presente na reunião, o diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, destacou a importância dos encontros para o projeto. “É um projeto agregador, uma ‘fibra óptica condutora’ para acelerar os testbeds (ambientes de experimentação e demonstração) e já viabilizar na prática essas ações.” Atualmente, o programa está na fase 1 (implantação de testbed) com ponto em Campinas (SP), na sede do CPQD, e no Rio de Janeiro.

A capacitação e educação para a tecnologia aberta foram apontadas como temas estratégicos, assim como a adoção de soluções abertas e desagregadas e adaptação à realidade brasileira do projeto.