MEC e instituições que contribuíram com migração do Sisu para nuvem consideram ação um case de sucesso

- 21/05/2020

Pense na principal porta de entrada para as instituições públicas de educação no Brasil. Estamos falando do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Agora, imagine quase 1,8 milhão de candidatos, de norte a sul do país, tentando acessar esse portal para efetuar 3,5 milhões de inscrições. Foram 210 mil usuários conectados ao mesmo tempo, com direito a recorde: o de 7 mil inscrições por minuto e a média de 1,5 milhão de acessos diários. Esses números referem-se à dinâmica sustentada no portal do sistema do Ministério da Educação (MEC), na primeira edição do Sisu neste ano, entre 21 e 26 de janeiro de 2020.

Para conseguir suportar o alto fluxo de acessos simultâneos em tão pouco tempo, uma infraestrutura com grande capacidade é a solução. Mas e se essa plataforma também pudesse ser expandida conforme demanda, para atender as requisições de todos os usuários sem instabilidade? E se essa infraestrutura com grande capacidade estivesse disponível apenas durante o período de inscrição do Sisu, quando o sistema é mais demandado, e pudesse ser reduzida durante o resto do ano? 

Em ação conjunta, RNP, MEC, Microsoft, Westcon-Comstor Brasil e Red Hat migrou o Sisu para nuvem

Aí está a descrição da demanda de uma ação de cooperação entre a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), MEC, Microsoft, Westcon-Comstor Brasil e Red Hat. Um time especializado migrou e adaptou a plataforma do Sisu para um ambiente de nuvem. O Azure, a nuvem pública de serviços da Microsoft, foi o espaço escolhido. Em ação conjunta, arquitetos de infraestrutura, dados, redes e cloud trabalharam no redesenho, na otimização e na modernização da arquitetura do Sisu. 

Na prática, o portal ficou no ar por 91,6% do tempo e também tornou-se mais seguro e acessível a usuários de dispositivos móveis. Com a migração para a nuvem, durante o período de inscrições, 66% dos acessos foram feitos por meio de celulares ou tablets. Com mais mobilidade e agilidade na navegação, os acessos mobile superaram em 19% o tempo médio de atendimento quando comparado com os números de 2019. Nos computadores, houve um ganho de 21% no tempo de acesso. 

Acesso por dispositivos móveis aumentou em 2020

Além da segurança, estabilidade e escalabilidade para a plataforma, pensando na experiência do usuário, aí vai outra palavra que reflete os benefícios da ação: economia. Há a expectativa de economia de aproximadamente R$22 milhões aos cofres públicos em cinco anos de projeto. Uma redução de custos de aproximadamente 84%, quando comparamos os valores necessários para executar o Sisu em nuvem e em infraestrutura própria. Esse valor é suficiente para operar a plataforma por mais 5 anos sem custos adicionais. “Sistemas sazonais com volumes expressivos de acessos simultâneos são os que mais justificam o custo benefício na nuvem”, explica o coordenador-geral de Serviços de Tecnologia da Informação do MEC, Gustavo Guércio Fernandes.

Apesar da série de melhorias, no primeiro dia de acessos, ainda houve minutos de instabilidade no site. Logo, o portal voltou à regularidade e permaneceu estável. “Se tivéssemos passado por um problema semelhante com o sistema local, necessitaríamos de mais tempo para escalonar o poder de processamento até resolver a questão”, argumenta Regina Frazão, coordenadora-geral de Infraestrutura no MEC. “Nesse momento, vimos a maturidade e o conhecimento do time”, explica Gustavo Guércio Fernandes. 

A iniciativa foi considerada um sucesso para as instituições que colaboraram, mas o trabalho ainda não acabou. A migração e operação do Sisu, em janeiro de 2020, marca a primeira fase do projeto. A próxima etapa tem continuidade já no segundo semestre, quando começa o prazo de inscrições da segunda edição do Sisu no ano. Em janeiro de 2021, a colaboração com o MEC ascende outro degrau: além do Sisu, o Programa Universidade para Todos (Prouni) também será operado em um ambiente em nuvem. A expectativa é continuar oferecendo um ambiente estável, ágil e seguro para os usuários da estrutura de educação pública brasileira, com menor custo, além de melhorar a maturidade do MEC em computação em nuvem.

RNP, MEC, Microsoft, Westcon-Comstor Brasil e Red Hat comentam ação

Em seu blog, a Microsoft Brasil também classificou a ação como um case de sucesso. Veja

Migração do SISU para o Azure garante melhor desempenho e economia de recursos

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Para ler mais sobre a ação, acesse: Computação em nuvem oferece mobilidade e maior disponibilidade para acessar sistemas do MEC