RNP lança edital para seleção dos primeiros Centros de Pesquisa a fazerem parte da Rede de e-Ciência

Atualmente a infraestrutura óptica nacional operada pela RNP, a Rede Ipê, alcança mais de 800 organizações, dos mais variados tipos e tamanhos, tais como universidades, institutos federais de educação, hospitais universitários, parques tecnológicos, museus, bibliotecas e centros de pesquisa.

A Rede de e-Ciência será uma nova infraestrutura dedicada a centros de pesquisa que atuam com “big science”, ou seja, possuem requisitos avançados de processamento, análise, transmissão e armazenamento de grandes volumes de dados.  Desta forma, diferentemente da Rede Ipê, a Rede de e-Ciência atenderá a um seleto grupo de organizações e contará com políticas e serviços especializados para grandes fluxos de dados científicos.

Nesse contexto, no dia 11/03 a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) lançou um edital para a seleção das 5 (cinco) primeiras ICTs (instituições de ciência e tecnologia), públicas ou privadas, que serão atendidas pela Rede de e-Ciência. As instituições selecionadas receberão atualização da conectividade para a capacidade mínima de 100 Gb/s, consultoria em engenharia de desempenho de redes, consultoria em segurança da informação para diagnóstico e avaliação de riscos cibernéticos, entre outros serviços especializados.

Ao longo de 3 anos, espera-se que pelo menos 12 novos centros de pesquisa brasileiros façam parte da Rede de e-Ciência, além do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), do SENAI-CIMATEC e o do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC-INPE), cuja conexão à nova rede está em andamento como resultado do projeto predecessor “eCiber” .

A submissão das propostas deverá ser realizada por meio do preenchimento e envio, por parte da ICT proponente, do formulário disponível (disponível para visualização aqui) no endereço eletrônico https://forms.office.com/r/Fq9DSTLxLQ até o dia 07/04.

Um webinar para tirar dúvidas sobre o edital será realizado no dia 25/03 às 14h, nesse link.

Acesse o edital para mais informações.

Infraestrutura renovada

Em 2018, foram disponibilizadas as primeiras conexões de 100 Gb/s da 7ª geração da Rede Ipê. Desde então, a infraestrutura óptica nacional operada pela RNP vem sendo renovada, de forma a permitir que a capacidade do backbone possa ser facilmente escalável para múltiplas conexões de 100 Gb/s a um custo marginal.

“Essa mudança estrutural permite a oferta de conectividade com largura de banda abundante, o que poderá beneficiar, especialmente, os grandes centros de pesquisa brasileiros que possuem demandas de movimentação de grandes volumes de dados. Apesar disso, não basta simplesmente aumentar a largura de banda da conexão. Essas instituições precisam ser atendidas com políticas e serviços diferenciados, diversamente daqueles que hoje são oferecidos para as instituições que atuam na ‘cauda longa da ciência’”, diz o diretor-adjunto de e-Ciência da RNP, Leandro Ciuffo.

Sobre a Rede de e-Ciência e o programa Conecta e Capacita

A Rede de e-Ciência é uma linha de ação financiada pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) no escopo do programa estruturante Conecta e Capacita, supervisionado pela secretaria-executiva do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e executada pela RNP. Essa linha de ação tem o objetivo de implantar uma rede segura de alto desempenho com políticas e serviços especializados para grandes fluxos de dados científicos, dedicada à integração de centros nacionais de pesquisa, incluindo centros de supercomputação, laboratórios multiusuários e infraestruturas de pesquisa.

O programa Conecta e Capacita tem o objetivo de ampliar a abrangência, a qualidade e a segurança da conectividade para educação e pesquisa no país. Isso será possível com a conclusão da nova infraestrutura de pesquisa nacional, que inclui a ampliação da rede Ipê, a criação do Centro Nacional de Dados (CND) e a expansão da Rede de e-Ciência. O programa também irá proporcionar o avanço expressivo da interiorização nos estados, por meio de 18 infovias e 79 redes metropolitanas no interior, além das já existentes. Sobre essa infraestrutura, também está sendo desenvolvido o novo modelo de segurança cibernética.

Ao todo, serão implantados cerca de 40 mil quilômetros de fibra óptica em todo o território nacional. A iniciativa vai beneficiar cerca de 1.600 campi de universidades e institutos de pesquisa, 180 mil pesquisadores, 3.880 programas de pós-graduação e 12 ambientes de inovação e parques tecnológicos.