Crédito: IMPA/Divulgação
A RNP manifesta seu profundo pesar pelo falecimento do matemático Jacob Palis, aos 85 anos, ocorrido na quarta-feira (7/5), no Rio de Janeiro. Ex-diretor-geral do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA) e ex-presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Palis foi não apenas um dos maiores cientistas brasileiros, mas também um parceiro fundamental no desenvolvimento da RNP e da rede acadêmica nacional.
“O professor Jacob Palis foi um dos grandes apoiadores da RNP. Durante sua gestão no IMPA, hospedou o Núcleo Regional da RNP no Rio de Janeiro, entre 1996 e 2006. Em 1999, IMPA e RNP cooperaram no processo de criação das respectivas Organizações Sociais, como parte de uma iniciativa estratégica do então MCT (atual Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação – MCTI) para agilizar políticas públicas de pesquisa no país. Ele também articulou a reaproximação entre a RNP e a FAPERJ/RedeRio, demonstrando sua visão integradora das redes acadêmicas”, destacou José Luiz Ribeiro Filho, diretor de Pessoas, Administração e Finanças da RNP.
Membro de dez Academias Nacionais de Ciências e doutor Honoris Causa por nove universidades, Palis foi pioneiro no estudo dos Sistemas Dinâmicos e um arquiteto da excelência matemática brasileira. Sua liderança no IMPA (1993-2003) e na União Matemática Internacional (1998-2002) projetou o Brasil no cenário científico global.
Entre suas muitas honrarias, destacam-se a Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico (1994), o Prêmio Balzan (2010) e a Legião de Honra da França (2018). Até seus últimos anos, manteve-se ativo na pesquisa e na defesa de investimentos em CT&I.
Nascido em Uberaba (MG), formou-se na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorou-se na Universidade da Califórnia, em Berkley, sob orientação do medalhista Fields Stephen Smale. De volta ao Brasil em 1968, transformou o IMPA em centro de referência mundial e formou gerações de pesquisadores, incluindo Artur Avila, primeiro brasileiro a receber a Medalha Fields.
Jacob Palis deixa a esposa, Suely Lima, os filhos Rebeca, Carlos Emanuel e Laura, cinco netos e um legado indelével para a ciência.