Para ministro, parceria com BNDES em Internet das Coisas pode transformar o Brasil

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- 12/12/2016

O Brasil começa a se preparar efetivamente para entrar na corrida mundial em Internet das Coisas a partir desta segunda-feira (12). A declaração é do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, que assinou um acordo de cooperação técnica com a presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques. Na ocasião, o governo federal ainda lançou uma consulta pública.

"Hoje e aqui, realizamos um evento e iniciamos um convênio que vão causar importantes transformações no nosso país, seja do ponto de vista público, em práticas de governança, seja do ponto de vista privado, pelos impactos esperados nas empresas", disse Kassab, durante solenidade no Rio de Janeiro, em referência ao acordo que consolida a parceria estratégica das instituições para elaborar o Plano Nacional de Internet das Coisas, em construção por uma câmara interministerial coordenada pelo MCTIC.

A primeira ação da parceria é a realização de um estudo técnico por um consórcio formado pelas consultorias McKinsey e Pereira Neto e pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), com apoio financeiro do BNDES, para diagnosticar o cenário nacional e propor políticas públicas em Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês).

O ministro classificou a evolução da tecnologia como um possível marco na história da humanidade. "Diversos países já avançaram bastante, e o Brasil, de agora em diante, começa também a se organizar, para que, por meio da Internet das Coisas, possamos galgar esse degrau do nosso futuro", apontou. "É uma transformação muito radical, que acontece mundo afora, alterando a vida cotidiana de todos nós e a eficiência das ações governamentais."

IoT é a tendência tecnológica de conectar digitalmente objetos do dia a dia, como aparelhos eletrodomésticos, máquinas industriais e meios de transporte, que passam a trocar dados entre si e a se moldar ao comportamento das pessoas. Isso permite o monitoramento e o gerenciamento dos dispositivos via software, a fim de aumentar a eficiência de sistemas e processos, habilitar novos serviços e melhorar a qualidade de vida das pessoas.

Contribuição

O secretário de Política de Informática do MCTIC, Maximiliano Martinhão, comentou sobre a consulta pública, aberta até 16 de janeiro na página www.participa.br/cpiot. A pesquisa busca identificar tópicos-chave para a viabilização de IoT no Brasil, que devem ser considerados e avaliados na fase de diagnóstico. Uma etapa adicional deve ser lançada futuramente, com foco na priorização de segmentos de aplicações e na construção de planos de ação.

Na visão do secretário, esse processo "realmente pode modificar a nossa indústria, a prestação de serviços e o desenvolvimento do setor de tecnologias da informação e comunicação". Martinhão coordena a Câmara IoT, colegiado responsável por subsidiar a formulação de políticas públicas federais.

O Plano Nacional de Internet das Coisas deve ser concluído em 2017. Além das consultas públicas, a política em construção pode receber elementos do estudo do BNDES, que tem por objetivo estruturar uma agenda estratégica que direcione as principais barreiras e oportunidades para que o Brasil consiga aproveitar a janela de oportunidade nessa área de pesquisa.

Fonte: MCTIC