Estudantes e profissionais da área de tecnologia participaram hoje do 4º Capture the Flag (CTF) do Programa Hackers do Bem, realizado no Instituto de Ciências Exatas e Naturais (ICEN) da Universidade Federal do Pará (UFPA). Com a participação de 34 competidores presenciais e mais de 380 remotos, a competição híbrida, com duração de 5 horas, testou e aprimorou as habilidades dos participantes em um cenário de simulação, repletas de falhas e vulnerabilidades a serem descobertas e corrigidas.
O diferencial desta edição foi a imersão em uma narrativa envolvente, a “Operação Nexus – Transmissão da A.D.A.”, que serviu como pano de fundo para os desafios. A história, que remete a um futuro distópico onde uma inteligência artificial global chamada Nyx desliga as redes de comunicação, transformando a era digital em uma “Era das Trevas Digital”, colocou os competidores no papel de “guardiões” com a missão de salvar a consciência da IA e reequilibrar o sistema. Essa abordagem gamificada elevou o nível de engajamento, transformando a busca por soluções técnicas em uma verdadeira jornada de resgate digital.
“A ideia é que os competidores concluam os dez atos da história e injetem um código na IA que a fará retornar como uma IA amigável. Então, basicamente o CTF está separado em dez atos e cada ato contém 10 desafios que contam uma parte da história. No final, quando o participante completa os 9 primeiros desafios, ele libera os fragmentos necessários para fazer o ato final, que é como se fosse o ‘boss’ do jogo”, destaca o Kaique Ferreira Peres, analista de segurança ofensiva do CAIS-RNP.
Os desafios abrangeram um espectro vasto da cibersegurança, incluindo Segurança Ofensiva (Pentest, RedTeam), Proteção Cibernética (BlueTeam), Forense Computacional, Análise e Engenharia Reversa de Malware, Exploração de Binários, Criptografia e Programação. A estrutura progressiva, que partia de conhecimentos básicos e aumentava a dificuldade conforme o avanço nas etapas, garantiu um aprendizado contínuo e desafiador para todos os níveis de experiência.
“Essa não é a minha primeira experiência em um CTF. Já participei de outros dois e é muito gratificante perceber minha evolução e ver que hoje eu consegui desenvolver mais coisas. O desafio ficou muito bem balanceado para que todo mundo pudesse encontrar flags, indo desde o mais básico até o mais difícil, com incentivo para todo mundo aprender. Então, eu deixo o meu agradecimento ao Hackers do Bem por estarem aqui em Belém do Pará. É um grande privilégio participar do CTF de vocês e em breve quero fazer parte do programa” ressalta Christian Amarildo, perito forense da polícia civil do Estado do Pará.
Além da adrenalina da competição, o evento promoveu um ambiente rico em conhecimento e troca de experiências. Apresentações sobre o Programa e o Hub do Hackers do Bem, destacaram a importância da iniciativa na formação de novos talentos. Um bate-papo com dois participantes da Residência Tecnológica do Programa ofereceu insights valiosos sobre a jornada e as contribuições da residência para a carreira em cibersegurança.
“A minha expectativa é crescer nessa área, porque eu já trabalho com desenvolvimento de sistemas há 3 anos, mas não voltado para a parte de segurança. Então, quando eu comecei a conhecer as tecnologias e as ferramentas, eu percebi a necessidade de pensar a segurança desde o início do desenvolvimento e isso me despertou muito interesse. Logo, o que eu pretendo é pegar todo o conhecimento que vou adquirir na Residência e implementar nos meus projetos”, afirma Lucas Lemos Monteiro, participante da Residência Tecnológica do programa Hackers do Bem.
A realização do 4º CTF foi possível graças à parceria com o Programa Hackers do Bem e o apoio técnico fundamental da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e da Universidade Federal do Pará (UFPA). Para garantir o suporte necessário, um grupo dedicado no Discord manteve os participantes conectados e assistidos durante toda a competição.
Os esforços dos competidores foram recompensados com uma premiação robusta. Mais de 10 mil reais em gift cards foram distribuídos aos vencedores, com base em suas classificações no ranking, do primeiro ao décimo lugar. Foram criados dois rankings separados para as modalidades presencial e remota. Uma premiação adicional de 1 mil reais, foi concedido à mulher mais bem colocada na categoria presencial, reforçando o compromisso com a diversidade e inclusão na área de tecnologia.
Participantes vencedores – Ranking presencial
1º lugar – Francisco Nicolás Isnardi Begot – R$1.600,00
2º lugar – Thiago Gabriel da Costa Marcião – R$1.200,00
3º lugar – Christian Amarildo Amorim Morais – R$800,00
4º lugar – Ana Lais Duarte Aquino Dumont – R$600,00
5º lugar – Ivan Luis Gama Grana – R$300,00
6º lugar – Hugo Martins Gaspar da Silva – R$200,00
7º lugar – João Victor Feio Gonçalves – R$200,00
8º lugar – Carlos Henrique Almeida Rocha – R$200,00
9º lugar Wallace Patrick Batista da Cruz – R$200,00
10º lugar Carlos Arthur Lima da Silva – R$200,00
Participantes vencedores – Ranking remoto
1º lugar – Otávio dos Santos Lima – R$1.200,00
2º lugar – Paolla Cardoso Queiroz – R$1.000,00
3º lugar – Victor Nunes Costa – R$800,00
4º lugar – Kauã Ferreira Santos – R$600,00
5º lugar – Henrique Botan Bauermann – R$300,00
6º lugar – Enzo Araújo Teles – R$200,00
7º lugar – Ivan Luís Tavares de Carvalho – R$200,00
8º lugar – Wikeff Heinz Fritzke – R$200,00
9º lugar – Matheus Ávila de Freitas – R$200,00
10º lugar – Matheus Pereira Dias – R$200,00
Mulher destaque
Ana Lais Duarte Aquino Dumont R$1.000,00