Cloud computing é tendência: quais são as soluções da RNP para essa aposta da tecnologia?
Se você acessa e-mails e documentos online, assiste vídeos na internet ou esbarra por diferentes mídias nas linhas do tempo de suas redes sociais, você é usuário da computação em nuvem (ou, em inglês, cloud computing). O conceito é simples: trata-se do fornecimento de serviços de computação, como armazenamento de arquivos, bancos de dados, servidores e softwares sob demanda, pela internet. O infinito ciberespaço em que se encontra tudo isso é chamado de “nuvem”.
Mas, além de uma solução prática para o dia-a-dia dos usuários, essa inovação oferece uma gama de benefícios e, segundo pesquisas de mercado, tem crescido e se tornado essencial para organizações.
Uma pesquisa da empresa de consultoria Gartner Group previa que, em 2020, uma política corporativa de não adoção da computação em nuvem seria tão rara quanto uma política de não adoção da internet. A expectativa do estudo era que mais de 30% dos investimentos em desenvolvimento de novos softwares das 100 maiores empresas deste segmento do mundo teriam migrado da estratégia “primeiro para cloud” (do inglês “cloud-first”) para “exclusivamente para cloud” (do inglês “cloud-only”), até o fim de 2019. Naquele ano, novas estimativas da Gartner apostavam que a receita mundial de nuvem pública cresceria 17,5%, um montante de US$ 214,3 bilhões. Isso porque, segundo a pesquisa, mais de um terço das organizações vê os investimentos em nuvem como uma das três principais prioridades. Até 2022, a empresa especializada em nuvem projeta que um crescimento no mercado de serviços em nuvem quase três vezes o crescimento dos serviços gerais de TI. Acesse a pesquisa aqui.
Os anos das projeções chegaram e, hoje, a tecnologia é o “carro-chefe” de diversas soluções desenvolvidas pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), pelos benefícios agregados à tecnologia sob demanda, como custo, escalabilidade, desempenho e segurança.
Conheça algumas das soluções em nuvem aplicadas pela RNP:
1) Compute@RNP
O Compute@RNP, o serviço de computação em nuvem da RNP, que oferece infraestrutura em nuvem pública, provada e híbrida* para a comunidade acadêmica e de pesquisa do Brasil, já é uma solução que merece ser destacada. Mas não é só isso. A instituição responsável pela solução também tem colaborado com um força-tarefa, em tempos de pandemia: com o apoio das multinacionais de tecnologia Microsoft, Huawei, Google e AWS, a RNP está com uma oferta especial do serviço. O objetivo? Auxiliar instituições que tenham ações de pesquisa ou de combate direto à doença e que precisem de infraestrutura em nuvem robusta e confiável para ampliar a capacidade do seu serviço.
* Nuvem híbrida associa computação em nuvens públicas e privadas, permitindo que os dados e aplicativos sejam compartilhados entre elas.
A oferta está e permanece disponível gratuitamente até o final de agosto para organizações que têm algum vínculo com a RNP e que tenham infraestrutura tecnológica compatível com o serviço. Quem tiver projetos aprovados terá suas próprias instâncias virtuais, redes e armazenamento em nuvem, com disponibilidade 24x7 e segurança. Isso significa a possibilidade de migrar as aplicações para a nuvem e construir a própria instância virtual com a capacidade necessária, sempre conectado à internet, sem se preocupar com falhas de equipamento, conectividade e espaço de armazenamento.
Saiba mais sobre: RNP oferece recursos computacionais em nuvem para ações de combate à Covid-19
2) Migração dos sistemas essenciais do MEC para a Nuvem
As principais portas de entrada para o ensino superior no país têm grande impacto na vida dos brasileiros e o Ministério da Educação (MEC) disponibiliza um conjunto de sistemas que compõem a política nacional de ensino superior. Estamos falando de milhões de estudantes inscritos nos sistemas do Ministério – Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade para Todos (ProUni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Para dar conta da demanda e alto volume de acessos simultâneos em pouco tempo, é necessária uma infraestrutura com capacidade. Por isso, a RNP coordenou a migração do Sisu para a nuvem com o objetivo de permitir que mais usuários acessassem a plataforma ao mesmo tempo, adaptar o portal para aparelhos mobile e economizar recursos. Metas alcançadas!
- Com a mudança, na primeira edição do Sisu, em janeiro de 2020, mais usuários puderam acessar a plataforma ao mesmo tempo: foram quase 3,5 milhões de inscrições feitas por quase 1,8 milhão de candidatos de todo o país. A plataforma chegou a receber 210 mil usuários simultâneos. A estreia da plataforma na nuvem chegou a bater um recorde – o de 7 mil inscrições por minuto e uma média de 1,5 milhões de acessos diários.
- O portal também foi adaptado para aparelhos mobile, garantindo maior flexibilidade e agilidade na navegação: 66% dos acessos foram feitos por meio de celulares ou tablets e os acessos por dispositivos móveis superaram em 19% o tempo médio de atendimento em relação aos números do ano passado; nos computadores, o ganho foi de 21%.
- Ainda foi possível economizar recursos: a redução de custos com a migração foi de aproximadamente 84%, em comparação à execução do Sisu em infraestrutura própria. Um estudo feito pela RNP aponta que, em 2020, R$ 15 milhões devem retornar aos cofres públicos e que até 2025, essa economia chega a R$ 22 milhões, valor suficiente para executar o Sisu por aproximadamente mais 5 anos sem custos adicionais.
A migração do Sisu marcou a primeira fase do projeto. E a próxima etapa tem continuidade já no segundo semestre, quando começa o prazo de inscrições da segunda edição do Sisu no ano. Em janeiro de 2021, a colaboração com o MEC ascende outro degrau: além do Sisu, o Prouni também será operado em um ambiente em nuvem. A expectativa é continuar oferecendo um ambiente estável, ágil e seguro para os usuários da estrutura de educação pública brasileira, com menor custo, além de melhorar a maturidade do MEC em computação em nuvem.
Leia mais sobre: Computação em nuvem oferece mobilidade e maior disponibilidade para acessar sistemas do MEC
MEC e instituições que contribuíram com migração do Sisu para nuvem consideram ação um case de sucesso
3) NasNuvens
É um marketplace, é um broker de serviços de TIC. Um modelo de negócios. Uma galeria de serviços em nuvem para impulsionar o ensino e pesquisa no Brasil. Todas essas definições explicam bem o que compõe o NasNuvens. A solução é um ponto de acesso a um catálogo de serviços e soluções, que promete simplificar a jornada de transformação digital das instituições, otimizando tempo e recurso. Na plataforma idealizada pela RNP, provedores de serviços em nuvem e quem deseja contratá-los se encontram. Sua interface web permite atender às necessidades dos gestores de TIC, pesquisadores, professores e alunos de pós-graduação, para acesso aos serviços disponibilizados em um único ambiente de fácil acesso e seguro. A solução está sendo aprimorada e é promissora: já foi indicada ao prêmio DCD - Awards Latin America 2018, na categoria “Melhor Projeto de Cloud”. A premiação é considerada o “Oscar” do setor de data center. Conheça sobre o projeto.