Na tarde do dia 6/12, foi realizado um webinar sobre a 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC). O objetivo foi dar mais informações e tirar dúvidas sobre o edital internacional. Participaram pesquisadores, estudantes e demais interessados em enviar propostas de projetos.
Quem representou o Brasil no encontro foi o coordenador de Projetos do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Tecnologias Digitais para Informação e Comunicação (CTIC/RNP), Wanderson Paim (foto), que abordou as condições para as organizações participarem da chamada. Uma das regras mais importantes é a necessidade de as propostas serem submetidas, em inglês, para os dois lados. A diferença dos arquivos enviados deverá estar apenas no orçamento. No lado europeu, os valores devem estar em euro e no brasileiro, em reais.
Ele também abordou as questões específicas do Brasil, como a necessidade de o orçamento considerar, no mínimo, 44,45% para instituições brasileiras, com sede ou estabelecimento principal situado nas regiões da Sudam, da Sudene e da região Centro-Oeste. Além disso, embora qualquer instituição possa compor os consórcios para submissão de proposta, serão considerados elegíveis ao financiamento apenas centros ou institutos de pesquisa ou entidades brasileiras de ensino, oficiais ou reconhecidas, credenciados pelo Comitê da Área de Tecnologia da Informação (Cati), ou pelas empresas incubadas em incubadoras credenciadas pelo comitê. Para encontrar parceiros, Paim indicou a busca por instituições elegíveis no site da Cati, do Incobra ou na Plataforma Lattes. Também existe a possibilidade de contar com o apoio do ponto de contato brasileiro, Moacyr Martucci.
O diretor científico da Comissão Europeia, Jorge Pereira, conduziu a outra metade do webinar e destacou os desafios específicos do edital, seu alcance e impacto esperado. A chamada tem como foco três temas: Computação em nuvem, Internet das coisas (em inglês, IoT) e Redes 5G. No primeiro tema, o objetivo é selecionar projetos voltados ao desenvolvimento de tecnologias inovadoras para a próxima geração de infraestruturas e serviços de nuvem, buscando abordar, principalmente, aspectos críticos ligados à segurança, privacidade, confiabilidade, gerenciamento e rastreabilidade de dados, virtualização e sistemas híbridos. Espera-se que as soluções possam ser avaliadas em experimentos intercontinentais, considerando diferentes domínios de aplicação em contextos empresariais e sociais.
Em IoT, os interessados devem direcionar o projeto para um dos cinco subtemas: Fabricação inteligente: customização, Ambientes de vida inteligentes para envelhecer bem, Gestão de energia em casa e edifícios, Gestão inteligente da água e Monitoramento ambiental. Já os que escolherem o tema Redes 5G devem focar em desenvolver tecnologias inovadoras de núcleo ou de acesso à rede 5G e fornecer soluções para demandas de setores relevantes ou para a cobertura de regiões de baixa densidade.
Uma das recomendações do lado europeu é o envio das propostas para uma análise prévia do ponto de contato nacional. Além disso, Pereira ressaltou aos interessados a importância de não deixarem para submeter as propostas nos últimos minutos previstos no edital.
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