A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) passou a contar com uma ilha de experimentação da plataforma Fibre, um ambiente virtual criado para a realização de pesquisas em Internet do Futuro. Com a inauguração da ilha, alunos, professores e pesquisadores da instituição poderão desenvolver pesquisas na área para encontrar novas soluções para a evolução da internet.
O Fibre – Future Internet Brazilian Environment for Experimentation – funciona como um laboratório em larga escala, permitindo que pesquisadores de redes experimentem novas arquiteturas alternativas ao desenho da internet atual. Para realizar os experimentos, parte da infraestrutura da internet é usada como plataforma para testes, o que a torna ideal para o uso em aulas práticas de redes de computadores.
Atualmente, a UFMG está envolvida em dois grandes projetos internacionais, selecionados pela 3ª Chamada Coordenada entre o Brasil e a União Europeia, que poderão utilizar o Fibre como ambiente para testes. Um deles é o EUBRABigSea, que desenvolve serviços avançados de computação em nuvem para apoiar tecnologias de Big Data.
O outro é o projeto FUTEBOL, que busca fomentar a pesquisa na integração entre as redes ópticas e sem fio. “A inauguração da ilha Fibre na UFMG aumenta a oferta de recursos computacionais disponíveis para experimentação na plataforma, além de ser o primeiro passo para promover a integração com as atividades do projeto FUTEBOL”, afirma o gerente de Comunidades e Aplicações Avançadas da RNP, Leandro Ciuffo.
Até o momento, a plataforma Fibre é formada por 13 ilhas de experimentação em operação e está disponível remotamente para qualquer universidade, instituição ou empresa no Brasil ou na América Latina que tenha interesse em contribuir para a evolução da internet. Outras ilhas estão previstas para serem inauguradas nos próximos meses, nas universidades federais do Espírito Santo (Ufes), da Bahia (UFBA) e de Uberlândia (UFU).
Disponibilizado pela RNP, o Fibre resultou de um projeto coordenado entre o Brasil e a União Europeia que teve início em 2010, para Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC). O objetivo inicial foi desenvolver um ambiente que permitisse a colaboração de pesquisadores do Brasil e da Europa em projetos de Internet do Futuro. Até novembro de 2016, o Fibre recebeu 250 usuários provenientes de 55 instituições.