O eduroam, serviço que oferece acesso à Internet sem fio para a comunidade acadêmica internacional, avança cada vez mais no Brasil. Com uma rede wifi segura, o serviço permite que seus usuários se conectem à internet em qualquer localidade do mundo, desde que haja pontos de acesso. Basta ter o eduroam configurado em seu computador, celular ou tablet para detectar a rede sem fio de forma automática, garantindo comodidade e uma experiência de alta qualidade ao usuário.
Presente em cinco continentes, com mais de 8.200 pontos de acesso distribuídos pelo mundo, o eduroam foi lançado no Brasil no segundo semestre de 2012. Nesse período, nove instituições tornaram-se clientes e outras 13 estão em processo de adesão. Para ser uma instituição provedora do serviço, o único requisito é estar homologada na Comunidade Acadêmica Federada (CAFe).
Segundo o gerente de Serviços da RNP, Leandro Guimarães, a implantação do eduroam tem evoluído e a tendência é de que haja um maior crescimento em 2013. “Após o processo de adesão à CAFe, é apenas uma questão de tempo para a instituição se adequar ao eduroam”, explica.
A expansão do eduroam no Brasil
Atualmente, a maior concentração de pontos de acesso está no estado do Rio Grande do Sul, nos campi da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS) e da Universidade de Passo Fundo (UPF), por onde circulam cerca de 80 mil pessoas. No principal campus da UFRGS, em Porto Alegre, as mudanças já começaram a ser percebidas. Segundo a Diretora do Centro de Processamento de Dados da universidade, Jussara Musse, o serviço facilita o trânsito de estudantes e professores por diversas instituições. “A UFRGS é uma universidade que recebe muitos professores visitantes. Logo, a recepção tem sido muito boa. Hoje, temos uma boa cobertura e, em breve, pretendemos iluminar todos os nossos campi”, afirma.
Em 2012, ano de lançamento do eduroam no Brasil, Guimarães tornou-se membro do Global eduroam Governance Committee (GeGC), criado para assegurar que todas as regiões tenham voz no desenvolvimento do serviço. Até então, o comitê só atendia a Europa, a Ásia e a América do Norte, e não tinha acesso à África e à América Latina. Além dele, o comitê também incluiu Alejandro Lara, da rede acadêmica chilena REUNA.
“A comissão percebeu que havia avanços significativos nessas duas regiões e que a comunidade deveria expandir. Os dois vão acompanhar o eduroam não só na América Latina, mas também poderão nos auxiliar a nível mundial. Não estamos apenas ajudando a América Latina, mas vocês também estão nos ajudando”, aponta Brook Schofield, gerente de projetos de TERENA (a associação de redes de educação e pesquisa transeuropeia) e secretário do comitê.
Como parte dessa colaboração, a RNP coordena a disseminação do eduroam na América Latina através do projeto ELCIRA (Europe Latin America Collaborative e-Infrastucture for Research Activities), gerenciado pela Cooperação Latino-Americana de Redes Avançadas (RedCLARA) com financiamento da Comunidade Europeia. “O objetivo é o aumento de Operadores de Roaming, responsáveis por prover a ligação de um determinado país à rede eduroam. O aumento dos pontos de acesso na América Latina e sua integração com a Europa e outros continentes que oferecem o serviço beneficiarão diretamente os pesquisadores e demais usuários brasileiros do eduroam, além de visitantes em trânsito no país”, explica o diretor adjunto de Gestão de Serviços da RNP, Antônio Carlos Fernandes Nunes.