Representantes da RNP participaram do workshop de comemoração dos 25 anos da Rede-Rio de Computadores/Faperj, realizada no dia 25/5, no Rio de Janeiro. As discussões abordaram formas de melhorar a colaboração em rede para as instituições, não somente aquelas localizadas na região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, mas também as localizadas no interior do estado, e manter a qualidade dos serviços prestados às universidades, centros de pesquisa sediados em território fluminense e órgãos públicos do governo do estado do Rio de Janeiro.
“A rede tem que permanecer como rede acadêmica de qualidade, o que hoje é vital para as instituições. Além disso, temos que manter nosso caráter pioneiro, experimentando novas tecnologias. Outro desafio é a encarar é a interiorização. De uma maneira geral, a internet disponível no interior do estado é precária e cara, indisponível da forma que se necessita em várias localidades. Petrópolis, Niterói, Campos, Seropédica e Nova Friburgo, são exemplos de localidades onde existem polos de pesquisa e ensino superior, e é importante garantir que as instituições lá localizadas não fiquem privadas dos modernos recursos de colaboração em rede”, explicou o coordenador-geral da Rede-Rio/Faperj, Alexandre Grojsgold.
Um dos palestrantes do evento foi o diretor de Serviços e Soluções da RNP, José Luiz Ribeiro Filho. Ele apresentou os projetos internacionais de expansão de cabos submarinos que chegam ao país, entre eles, um que permitirá a conexão direta entre o Brasil e a Europa. “A RNP interage com redes de outros países. O cabo submarino vai ampliar e melhorar a conexão entre a Europa e a América Latina. Atualmente, o Brasil depende muito dos Estados Unidos. A expansão também beneficia a comunidade acadêmica, uma vez que, além de melhorar a qualidade da internet no Brasil, amplia a possibilidade de interligar centros de pesquisa nacionais e internacionais”, explicou.
História da Rede-Rio e parceria com a RNP
Inaugurada em 1992, como iniciativa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), a maior parte da Rede-Rio conta como uma infraestrutura óptica de grande capacidade, construída em parceria com a RNP. “Eu vou trabalhar para que tenhamos sempre uma parceria frutífera. Não existem dois lados, mas apenas os nossos parceiros, que devem ser atendidos com qualidade. Nosso viés é a ciência e a tecnologia para as quais devemos dar atenção maior”, destacou o diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi.
Segundo o presidente da Faperj, Augusto Raupp, o apoio à Rede-Rio faz parte das ações da fundação que visam manter a infraestrutura e dar suporte à comunidade de ciência, tecnologia e inovação do estado. “Na época da criação da Rede-Rio e da própria internet, três fatores convergiram para que a gente pudesse aproveitar esse momento e a internet se disseminasse: digitalização em alta, a globalização e a desregulamentação. O estado tem, justamente, o papel de unir, de formar as pontes, construir os cenários para que as coisas aconteçam. Cabe ao estado, aumentar a interação entre a indústria, a academia, a área de serviços. Na Faperj, buscamos cumprir esse papel, inclusive estimulando o empreendedorismo e a própria Rede-Rio, que realiza um trabalho de suma importância, mantendo uma internet de alta velocidade nas instituições de ensino e pesquisa, adequada aos projetos desenvolvidos pelas instituições, que exigem uma conexão de qualidade”, ressaltou Raupp.
Com a inauguração da Rede Rio Metropolitana em 2015, uma realização do Programa Redecomep, a malha óptica se ampliou por meio da parceria entre a RNP, a Rede-Rio-Faperj, o Governo do Estado, a Prefeitura da Cidade do Rio, o Metrô-Rio, a Supervia, a Linha Amarela S.A. (Lamsa) e a Light. O diferencial trazido pela Redecomep-Rio foi a possibilidade de interligar, com custo baixo, as instituições acadêmicas em alta velocidade, adequada a usos avançados da rede, como telemedicina, laboratórios virtuais, ensino a distância, teleconferência, videoconferência de alta definição e ambientes de realidade virtual.
Legenda foto 1: Participantes da mesa de encerramento falaram sobre o impacto social das redes acadêmicas. Da esquerda para a direita: diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Augusto César Gadelha; representante da Academia Brasileira de Ciência (ABC), Luiz Bevilacqua; diretor do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Ronald Cintra Shellard; presidente da Associação Comercial-RJ, Márcio Lacs; presidente da Faperj, Augusto C. Raupp; e representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Emprego e Inovação, Epitácio Brunet.
Legenda foto 2: Diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, participou da mesa de abertura do workshop de comemoração dos 25 anos da Rede-Rio junto com o secretário de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social, Pedro Fernandes, e o coordenador-geral da Rede-Rio/Faperj, Alexandre Grojsgold.
Crédito da imagem e fonte da notícia: Faperj