Prontuário eletrônico e privacidade de dados em Saúde

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A segurança da informação aplicada à Saúde foi tema de debate na manhã do último dia do Fórum RNP. A importância de preservar a privacidade dos dados do paciente e o uso de prontuário eletrônico foram os pontos-chave das palestras

A chefe de Seção do Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Ana Endres, mostrou as ações da instituição em segurança da informação, com destaque para o estabelecimento do Comitê Gestor de Acesso aos Sistemas. “Ele foi criado para garantir que cada profissional tenha um perfil de acesso adequado à atividade que desempenha, garantindo a privacidade das informações do paciente”, relatou.

Ela destacou que os sistemas usados no HCPA primam pelo controle de perfis e navegação segura, o que foi reforçado por Carlos Eduardo Motta de Castro, profissional que atua em desenvolvimento, gestão de produtos, de projetos e de fábrica de software.

Castro mostrou as resoluções do Conselho Federal de Medicina que incentivam o uso do prontuário eletrônico e preveem a privacidade do prontuário eletrônico do paciente, para eliminação do papel.

“Privacidade em saúde é um ponto fundamental, precisamos garantir a privacidade dos dados do paciente a qualquer custo. Também precisamos garantir aplicações com registro cronológico, para fazer comparações, separar as responsabilidades e controlar acessos. Também temos que pensar nas questões físicas, quando falamos em controle de acesso (BYOD). Podemos controlar a disponibilização do prontuário, mas alguém pode tirar uma foto e sair com os dados no bolso. Também temos que prestar atenção ao descarte de mídias, o que chamamos de sanitização de mídias”, disse Castro.

O representante da Sociedade Brasileira de Informática em Saúde (SBIS), Luis Gustavo Kiatake (SBIS), explicou que, “para a eliminação do papel, os sistemas têm que seguir um conjunto de requisitos”. Ele falou sobre a importância de as instituições buscarem selos de qualidade com foco no software de informação em saúde. Isso porque “pesquisas revelam que mercado de saúde está mais suscetível a questões de segurança da informação nos Estados Unidos”, alertou.