WRNP encerra atividades em Gramado com mais de 250 participantes

- 07/05/2019

O WRNP 2019 reuniu a comunidade de pesquisa para apresentar o que há de mais avançado em TIC entre os dias 6 e 7/5 em Gramado (RS), junto à 37ª edição do Simpósio Brasileiro de Redes de Computadores e Sistemas Distribuídos (SBRC). O evento contou com 252 participantes presenciais e cerca de 2,7 mil participantes remotos pela transmissão online, além de 32 expositores, incluindo os Grupos de Trabalho que integram os nossos Programas de P&D e as iniciativas de cooperação internacional com os Estados Unidos e a União Europeia.

A abertura do segundo dia foi dedicada às apresentações dos resultados parciais dos projetos de P&D que integram a 4ª Chamada Coordenada Brasil-União Europeia e da Chamada Coordenada com a National Science Foundation (NSF) para Segurança Cibernética. Internet das Coisas, computação em nuvem, redes 5G e segurança da informação são os eixos temáticos abordados pelos projetos de pesquisa, que resultam de colaboração entre instituições brasileiras e estrangeiras. Acesse mais informações sobre os projetos: https://wrnp.rnp.br/expositores.

Redes acadêmicas no Brasil e no mundo

O engenheiro de redes da CENIC, rede acadêmica regional da Califórnia (EUA), John Hess, foi o keynote speaker do evento e trouxe para o público do WRNP o tema “Próxima geração de redes acadêmicas”. Hess está à frente de dois projetos de infraestrutura de redes internacionais: o Pacific Wave, ponto de interconexão que conecta 31 países à costa oeste dos Estados Unidos; e o Pacific Research Platform (PRP), consórcio que interliga instituições internacionalmente para atividades de suporte à e-Ciência.

O diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi, apresentou as ações e perspectivas da RNP para 2020, entre elas a sétima geração da rede acadêmica nacional, a rede Ipê, a uma velocidade inicial de 100 Gb/s. Segundo Grizendi, as parcerias da RNP com o setor elétrico vão expandir a malha de fibra óptica da rede acadêmica rumo ao interior do país. As primeiras rotas a serem iluminadas serão no Nordeste, entre Salvador, Fortaleza, Natal, Maceió e Aracaju. Outras entregas nas regiões Sudeste e Sul estão previstas para o final do ano.

O diretor da RNP comemorou as parcerias firmadas com provedores nos estados e novos modelos de negócio. “Temos oportunidade de permuta local de fibra óptica ao construir novas redes metropolitanas. É o que estamos fazendo de diferente e o futuro da nossa rede”, afirmou.

Desagregação, virtualização e automação de redes

Na parte da tarde, o WRNP trouxe um painel sobre desagregação, virtualização e automação de redes, com destaque para novas tecnologias de Redes Definidas por Software (SDN) e Funções Virtualizadas de Redes (NFV). A RNP tem um projeto de virtualização de redes, Infraestruturas Definidas por Software (IDS), que é uma rede sobreposta à infraestrutura física da rede Ipê. “Ela permite que usuário crie, configure e monitore instâncias de rede, assim como de processamento e armazenamento, de forma ágil, automatizada, sem a intervenção humana”, explicou o pesquisador à frente do projeto, José Rezende.

Blockchain: o futuro da confiança

No encerramento do evento, o painel conjunto com o SBRC trouxe à luz o tema blockchain e os seus impactos nas relações sociais, econômicas e políticas. Mediado pela professora Fabíola Greve, da Universidade Federal da Bahia (UFBA), o objetivo foi promover um diálogo entre os atores envolvidos que permitam que essa tecnologia se imponha e venha beneficiar a sociedade.

Participaram do painel Gabriel Aleixo, do Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS), Suzana Moreno, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e Rodrigo Lima Verde Leal, do CPqD. Segundo o BNDES, blockchain é visto como sinônimo de confiança para atacar a crise econômica.

Já o ITS apresentou as aplicações de blockchain para interesse público. “Sabemos que o blockchain não é a solução para todos os problemas, mas é um passo para prover serviços mais inclusivos e democráticos”, afirmou Aleixo.

Ele citou aplicações dessa tecnologia em identidades digitais, e-Voting, financiamento partidário, novas aplicações em IoT, certificações de origem, compliance, desburocratização e sistemas de registro.

O WRNP em números

  • 252 participantes
  • 2,7 mil participantes remotos pela transmissão online
  • 32 expositores
  • 50 palestrantes de 35 instituições
  • 7 Grupos de Trabalho
  • 12 projetos de cooperação internacional
  • 921 autenticações na rede sem fio
  • 100 horas de produção de conteúdo