MCTI, RNP e CPQD firmam acordo de cooperação técnica para Programa OpenRAN Brasil

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD) acabam de anunciar um Acordo de Cooperação Técnica para a execução  da primeira etapa do Programa OpenRAN Brasil, que contribuirá para o desenvolvimento de uma rede móvel de 5ª geração (5G) no país.

Publicado no Diário Oficial da União nesta terça-feira (30), o acordo tem como objetivo habilitar o desenvolvimento de aplicações inovadoras para redes de acesso abertas e desagregadas em rádio (ou RAN, do inglês Radio Access Network), dentro da primeira fase do projeto.

“O projeto envolve a pesquisa e desenvolvimento de partes de uma rede OpenRAN 5G”, esclarece Gustavo Correa Lima, gerente de Soluções de Comunicação sem Fio do CPQD. “Isso inclui o controle inteligente de redes de acesso (RIC, na sigla em inglês) e suas aplicações, toda a orquestração e gerenciamento da rede (Service Management and Orchestration, ou SMO) e, ainda, o controle inteligente de outros segmentos da rede, como o transporte óptico no backhaul, midhaul e fronthaul. Além disso, o projeto também vai explorar a capacidade de uma rede 5G suportar aplicações avançadas que exigem baixa latência, elevada confiabilidade e altas taxas de dados”, acrescenta.

Lançado em agosto de 2021, o Programa OpenRAN Brasil está dividido em três fases. A primeira será focada no controle e orquestração tanto dos recursos ópticos, IP e de rádio quanto dos recursos de nuvem necessários ao funcionamento fim-a-fim de uma rede 5G. Com 36 meses de vigência (até novembro de 2023), o projeto receberá recursos da Lei de Informática e prevê a aplicação de um total de R$ 32,4 milhões em recursos orçamentários. 

Além disso, a primeira fase envolve a construção de uma plataforma de demonstração e experimentação, distribuída em duas localidades (Rio de Janeiro e Campinas), contendo todos os componentes de uma rede 5G composta por equipamentos abertos e desagregados e controlada por uma pilha de software aberto. As segunda e terceira fases estão em fase de modelagem e captação.

“Nosso objetivo é apoiar o desenvolvimento do 5G no Brasil de forma segura, e com alta disponibilidade e desempenho para uso na educação, pesquisa e inovação, e esse acordo vem ao encontro desse propósito. A execução de um Programa como o OpenRAN é um passo muito importante para a democratização do acesso a essa tecnologia no nosso país”, finaliza Iara Machado, diretora de Pesquisa e Desenvolvimento da RNP.