Representantes dos setores público e privado participaram do III Workshop Fernando de Noronha Integrada, que apresentou as principais ações conduzidas este ano para a integração do arquipélago ao continente, a fim de melhorar a oferta de energia e comunicações na ilha. O evento foi realizado pelo Ministério da Defesa no dia 12/12, na sede da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf), em Recife.
A mesa de abertura contou com a presença de autoridades, como o diretor de Operações da Chesf, João Henrique Franklin Neto; o diretor do Departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, general Decílio de Medeiros Sales; o comandante da 7ª Região Militar do Exército Brasileiro, general de divisão Luizit de Brito; o representante do Ministério da Educação, Marco Antonio Juliatto; o diretor de Gestão da RNP, Wilson Coury; a representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Silvana Canuto; o superintendente da Companhia Energética de Pernambuco (Celpe), Carlos Eduardo Soares; a representante do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Juliana Ribeiro; e o representante da Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Pernambuco, Leonildo Sales.
Segundo o Ministério da Defesa, o programa é uma iniciativa conjunta – para educação, meio ambiente, energia, ciência e tecnologia e defesa – com o objetivo de implementar uma plataforma de desenvolvimento tecnológico na ilha, voltada para eletricidade, comunicações e sensoriamento. “Pela posição estratégica do arquipélago, o vemos como um exemplo para a preservação do meio ambiente e aplicação de tecnologia de ponta, com benefícios para toda a sociedade”, declarou o representante da pasta, general Decílio Sales.
Hoje, a energia que abastece Fernando de Noronha é predominantemente de origem termoelétrica, pela conversão de óleo diesel. A estimativa é de que a emissão de dióxido de carbono seja de mais de 14 mil toneladas por ano. Também há geração de energia solar na ilha, capaz de atender a 10% da demanda local. O projeto pretende substituir esse modelo pela transmissão de energia gerada no continente, por meio de cabos submarinos.
Além de um cabo para energia, também será construído um cabo de telecomunicações em fibra óptica, que levará conectividade à ilha com capacidade para atender a projetos de educação a distância, pesquisa e monitoramento ambiental. “Uma dessas fibras pode ser usada para sensores distribuídos, em suporte a atividades de pesquisa científica no Atlântico Sul, realizadas por centros de pesquisa e universidades”, afirmou Decílio Sales.
Após o estudo de levantamento marítimo, a rota selecionada para o cabo de telecomunicações sairá de Recife, com pontos de conexão em João Pessoa (PB) e Natal (RN) até chegar a Fernando de Noronha. Já o cabo de energia ligará o arquipélago diretamente à Natal, em uma distância de 420 km e profundidade de 4 mil metros.
O programa Fernando de Noronha Integrada é uma iniciativa conjunta entre os Ministérios da Defesa, Educação, Meio Ambiente, Minas e Energia, Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e o Governo de Pernambuco.