O setor de tecnologia é um dos que mais cresce nos mercados interno e externo. No Brasil, a previsão é de que sejam criadas 195 mil vagas nos próximos quatro anos. Apesar da expectativa otimista em relação à criação de novas oportunidades para os profissionais de TI, a realidade da oferta de mão de obra qualificada parece não se alinhar a essa estimativa: o número de criação de vagas não é proporcional à quantidade de profissionais qualificados disponíveis.
Segundo pesquisa, o setor de TI, responsável por mais de 1,3 milhão de empregos, tem um déficit de mais de 48 mil profissionais. Se essas vagas não forem preenchidas por especialistas devidamente capacitados, a estimativa é que o mercado sofra perda de R$115 bilhões até 2020.
O principal motivo apontado para a escassez de mão de obra qualificada está na formação dos alunos ainda na graduação. Para o gerente de Tecnologia da Informação da RNP, Emmanuel Sanches, o rápido desenvolvimento da área, através da inserção constante de novas tecnologias, dificulta o preparo dos profissionais na velocidade que o mercado exige. “Existe uma lentidão de muitas instituições de ensino em readequar seus programas, apropriadamente, para atender às necessidades atuais das empresas”, afirma.
Entre as soluções previstas para suprir essa carência, está o investimento das empresas na formação interna dos seus colaboradores. A GTI da RNP, por exemplo, desenvolveu o ´Programa de valorização do suporte`, um treinamento interno feito pelos analistas sênior com o intuito de atender às demandas da área. Além disso, é importante a atualização prática e teórica dos cursos de formação e capacitação dos profissionais de TI. “Um bom exemplo é a Escola Superior de Redes que constantemente moderniza seu catálogo de cursos, se mantendo antenada às mudanças tecnológicas para atender às exigências do mercado”, finaliza Emmanuel.