Cirurgia em 4K abre 1º Mutirão Nacional da Rede Ebserh

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- 01/12/2016

A tecnologia 4K é empregada na formação de novos profissionais da saúde e ainda propicia a redução do risco de infecção hospitalar, com a diminuição de pessoas no bloco cirúrgico. Esse foi um dos pontos destacados por Arnaldo Medeiros, superintendente do Hospital Universitário Lauro Wanderley, em João Pessoa (PB), de onde foram transmitidas hoje, para Brasília, imagens de uma cirurgia de correção de lábio leporino em resolução quatro vezes superior à Full HD.

A demonstração é um dos frutos da cooperação entre a RNP e a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e abriu o 1º Mutirão Nacional da Rede Ebserh, que conta com a participação de 39 hospitais universitários espalhados pelas cinco regiões do país. A expectativa do evento é reduzir a fila de espera nos hospitais universitários federais e do SUS em até 32%.

Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, “o que se espera desses hospitais de ensino é que façam também assistência”. Ele destacou ainda, na cerimônia de abertura, que estão surgindo “muitas novas Faculdades de Medicina, com pedidos de transformação em hospitais escola, o que vai melhorar a qualidade dos serviços prestados à população”.

O secretário de Atenção à Saúde, Francisco Assis Figueiredo, destacou o desafio de colocar todos os hospitais em rede, já que os outros 38 polos puderam também acompanhar a cirurgia por videoconferência. “Quem ganha é cada usuário do sistema, em cada região, com atendimento de qualidade e toda atenção que os hospitais oferecem”.

Para o diretor-adjunto de Soluções da RNP, Antônio Carlos Fernandes Nunes, “a transmissão é uma demonstração das possibilidades do que é possível fazer no âmbito da cooperação entre Ebserh e RNP, já que a organização vai muito além de disponibilizar infraestrutura acadêmica para a educação e a pesquisa, promovendo a experimentação e o uso de aplicações avançadas”. Ele lembrou que a RNP coordena a Rede Universitária de Telemedicina (Rute), considerada a maior iniciativa do mundo em telemedicina e telessaúde, com 124 núcleos e mais de 60 Grupos de Interesse Especial em várias especialidades e subespecialidades.

“Com as transmissões em 4K, estudantes, pesquisadores e profissionais da área de saúde podem assistir às cirurgias detalhadamente e discutir com especialistas, o que contribui para melhorar o processo de aprendizado”, afirmou Nunes. “A interação em tempo real permite aos alunos ver imagens do plano cirúrgico e a movimentação da sala, assim como obter explicações do cirurgião e sua equipe enquanto o procedimento está sendo realizado. Além disso, o uso da tecnologia pelos Hospitais Universitários cria uma oportunidade para que os cirurgiões brasileiros possam mostrar, aos seus pares internacionais, o reconhecimento mundial da classe médica brasileira”, complementou.