Chuvas em Petrópolis deixaram instituições sem conexão com a internet

- 30/03/2022

Em fevereiro deste ano, a cidade de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, foi severamente afetada por fortes chuvas. A tragédia devastou a Cidade Imperial: deixou mais de 200 mortos e milhares de pessoas desabrigadas, e já é considerada a maior já registrada no município.

Além do prejuízo sem precedentes à população, as chuvas em Petrópolis também provocaram o rompimento de cabos ópticos, o que prejudicou a comunicação da cidade com o mundo exterior. A Rede Metropolitana de Petrópolis (Remep), operada e mantida pela RNP, teve 60% de sua infraestrutura atingida, o que deixou instituições de ensino e pesquisa locais sem acesso à internet por vários dias.

Entre elas, o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), que abriga o supercomputador SDumont, nó central (Tier-0) do Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (SINAPAD) e considerado um dos maiores supercomputadores da América Latina, vital para a continuidade de pesquisas científicas que precisam de alta capacidade de processamento.

Desde o rompimento do cabo óptico em vários pontos da rede, registrado no início das chuvas, no dia 15/2, a equipe de Engenharia de Redes da RNP trabalhou incessantemente para retomar a conectividade ao LNCC, restabelecida uma semana depois, no dia 22/2.

O resultado foi um esforço conjunto da RNP, da K2 Telecom e da GO Telecom, parceiros na conexão de transporte e manutenção da rede metropolitana de Petrópolis. Além do LNCC, a rede também atende a um campus da Universidade Federal Fluminense (UFF), do CEFET, da Universidade Católica de Petrópolis (UCP), a Prefeitura Municipal e o Museu Imperial.

“Desde a ocorrência do evento, a RNP se mobilizou junto com a Go Telecom e a K2 Telecom para acessar a cidade, avaliar os danos e aplicar ações de recuperação emergencial da rede, sem colocar as equipes em risco. Seguimos as orientações da Defesa Civil e da Prefeitura e, quando nos foi permitido o acesso, não medimos esforços para voltar a comunicação com todas as instituições”, afirma o diretor de Engenharia e Operações da RNP, Eduardo Grizendi.

Segundo a Engenharia de Redes da RNP, a recuperação de toda a Rede Metropolitana de Petrópolis ainda é parcial e será a médio prazo, devido à catástrofe ocorrida na cidade, portanto a conectividade às demais instituições ainda não foi totalmente restabelecida.

Além das ações emergenciais de recuperação parcial dos cabos ópticos, uma das ações de mitigação foi a ativação de um link de rádio para resiliência. Outra ação foi a contratação emergencial de um link de 1 Gb/s, que servirá de redundância para garantir a conectividade às instituições usuárias até que a rede seja totalmente recuperada.