Projeto desenvolve solução em IoT para lixeiras inteligentes

- 28/03/2019

Soluções em Internet das Coisas (IoT, em inglês) têm se mostrado alternativas eficazes e de baixo custo para uma gestão mais inteligente em diversos setores, como por exemplo a de resíduos sólidos. Na Universidade Federal de Goiás (UFG), um projeto-piloto está utilizando lixeiras inteligentes para medir o volume de resíduos por dispositivos IoT.

As lixeiras foram instaladas na entrada principal do Instituto de Informática da UFG, no campus Samambaia (foto), e são capazes de monitorar o nível de lixo em tempo real. Também é possível monitorar por câmeras se os resíduos estão sendo depositados de forma correta. A tecnologia por trás é um gateway permitindo que múltiplos dispositivos conversem entre si, com suporte a diferentes tecnologias de comunicação sem fio, como Wi-Fi, Bluetooth, Zigbee ou LoRa.

A solução de conectividade foi desenvolvida pelo projeto SOFTWAY4IoT, com o apoio da RNP, e escolheu a gestão de resíduos sólidos por meio de uma parceria com a startup Mobility of Things – MoT. A principal entrega foi o suporte a múltiplas tecnologias de comunicação de dados sem fio com dispositivos IoT. O projeto SOFTWAY4IoT recebeu financiamento do Programa de P&D da RNP em 2017 e 2018.

Segundo os pesquisadores, a tecnologia está preparada para solucionar outros problemas dentro da ideia de um campus inteligente, como monitoramento de segurança, controle de estacionamento e economia de energia. “Nossa solução para IoT é totalmente em software, aberta, virtualizada e integrada com computação em nuvem”, afirma o professor da UFG, Antonio Carlos Oliveira Junior, coordenador-adjunto do projeto.

Soluções em IoT para o campus

Além das lixeiras inteligentes, outras duas soluções da startup MoT foram aplicadas no campus. No restaurante universitário, balanças dotadas de sensores monitoram o descarte de resíduos, evitando o desperdício de alimentos. “Em um mês de experimentos, cerca de 100 Kg de alimentos estavam sendo desperdiçados no restaurante”, revela Franklin Bonfim, criador da startup. Depois da coleta, os resíduos são vendidos para empresas que produzem ração para animais.

Já na biblioteca da universidade, sensores realizam o monitoramento contra incêndio, capturando dados de temperatura, umidade e nível de gases local. “À medida que a temperatura começa a crescer de modo crítico, é enviado um alerta para o aplicativo”, explica Franklin.

 

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