Garantir as melhores entregas para nossos parceiros. Esse tem sido um dos grandes objetivos da RNP e, por isso, temos uma equipe dedicada exclusivamente para entender os desafios dos nossos clientes e entregar soluções personalizadas e que gerem valor.
Para você conhecer um pouco mais sobre o que temos criado a partir de necessidades reais de nossos clientes, teremos uma série de quatro matérias falando sobre os principais destaques de 2018. Nesta primeira matéria, confira o que desenvolvemos em prol da pesquisa e da educação no país.
Infraestrutura nacional de dados e conteúdos em biodiversidade
A Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento (Seped/MCTIC) tinha o desafio de implementar uma plataforma que integrasse informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros de diversas fontes nacionais e estrangeiras. Parceira desse projeto e entendendo a importância da demanda, a RNP construiu e implementou, em 2014, o Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr), infraestrutura nacional em que pesquisadores e a sociedade podem visualizar, baixar, analisar e utilizar dados e informações sobre a biodiversidade brasileira.
Diversas melhorias já foram implementadas ao longo desses anos e, em 2018, a RNP começou a apoiar a equipe do SiBBr na evolução do sistema para a Plataforma ALA (Atlas of Living Australia), implementada em diversos países para integração e disponibilização de dados de biodiversidade. Destaca-se, ainda, que o SiBBr representa o nó brasileiro da Plataforma Global Biodiversity Information Facilitiy (GBIF), maior infraestrutura global de dados sobre biodiversidade. Outro destaque de 2018 foi a institucionalização do SiBBr por meio da Portaria MCTIC nº 6.233, de 29 de novembro de 2018, que, dentre outras deliberações, atribui à RNP a responsabilidade por sua operacionalização e oferta, na forma de plataforma digital integrada ao Sistema RNP, além de um assento em seu Comitê Gestor.
Monitoramento de impactos das mudanças climáticas
Integrar dados e indicadores de mudança do clima para formulação de políticas públicas em uma única plataforma. Essa foi outra necessidade apontada pela Seped/MCTIC. Para atender a essa necessidade, a RNP está desenvolvendo, em parceria com o Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/CCST), o Sistema de Monitoramento e Observação dos Impactos da Mudança do Clima (Sismoi), plataforma que visa disseminar informações sobre os impactos das mudanças climáticas no território brasileiro, promover maior conscientização ambiental da sociedade civil e garantir um menor risco de investimento do setor privado. O recorte espacial escolhido para primeira fase de desenvolvimento foi o semiárido brasileiro e as seguranças hídrica, energética e alimentar.
Em 2018, a RNP reuniu diversos parceiros que ajudaram a criar a solução e desenvolver o protótipo do sistema, utilizando a abordagem de Design Thinking. Este ano, serão realizados testes do protótipo com usuários finais. A primeira versão do Sismoi tem previsão de ser lançada oficialmente ainda este ano. “Ter a RNP como executora do projeto nos tirou da inércia de como desenvolver o sistema, mais que isso, nos proporcionou redescobrir o que se espera dele junto aos parceiros, fazendo ajustes e definindo o próprio conceito do Sismoi. Hoje o sistema tem um protótipo feito a ‘diversas mãos’ pelo setor público, privado e sociedade civil organizada. A harmonização das atividades da RNP e do Inpe/CCST foram fundamentais para que o protótipo ajustado contemplasse a principal demanda do MCTIC: observar, medir e/ou detectar impactos das mudanças climáticas”, destacou o analista de Ciência e Tecnologia do MCTIC que acompanha o projeto, Rodrigo Braga.
Capes e RNP: soluções para a comunidade de ensino e pesquisa
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) é parceria de longa data da RNP e, juntas, as duas instituições realizaram diversas ações em 2018 em prol da pesquisa e da educação no país.
- Serviços e soluções criados em parceria com pesquisadores brasileiros
Uma grande aposta é a Iniciativa PPGs, projeto piloto que visa conhecer as necessidades e as demandas tecnológicas dos coordenadores, professores, alunos e pesquisadores dos programas de pós-graduação (PPGs) brasileiros, para, junto com eles, criar, implantar e promover novos serviços e soluções de TIC. O diferencial desse projeto é o uso da abordagem do Design Thinking combinada com metodologias ágeis, que colocam o usuário final no centro do processo e criam soluções de forma colaborativa.
O destaque do ano foi a ida de representantes da RNP e da Capes às instituições que participam do projeto piloto – Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Uberlândia (UFU) e Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), para apresentar os protótipos e os MVPs das soluções desenvolvidas de forma conjunta com integrantes dos PPGs – coordenadores, secretários, professores, alunos. Ao todo, 240 usuários de seis programas de pós-graduação testaram as soluções ao longo do ano. Saiba mais em www.iniciativappgs.rnp.br.
- Integração do processo de produção intelectual
As duas instituições integram, junto a outros parceiros, o Consórcio Nacional em Educação, Ciência, Tecnologia e Inovação (Conecti), que atua em prol de iniciativas que possibilitem maior integração entre os envolvidos no processo de produção intelectual. A ideia é que seja criado um Repositório de Acesso Aberto Unificado.
Para ajudar o desenvolvimento do consórcio e traçar um plano de ação, foi realizado o Workshop de Cocriação Conecti Brasil, no dia 30/10. O coordenador de Gestão da Informação da Capes, Manoel Siqueira, participou das duas ações e destaca os principais ganhos dos projetos.
“Em 2018, evoluímos em todos os pontos planejados para a Iniciativa PPGs. Vejo como positivo termos voltado duas vezes às universidades para validarmos e ajustarmos os MVPs com base nos feedbacks da comunidade acadêmica. Esperamos disponibilizar ainda em 2019 esses serviços para os PPGs. Sobre o Conecti, 2018 foi focado em planejamento e no fim do ano conseguimos formalizar a criação do consórcio. Acredito que com o Conecti, o Orcid e as melhorias nas plataformas da Capes e dos outros membros do consórcio consigamos facilitar a busca de informações pelos pesquisadores, além de contribuirmos para a transparência dos dados no Brasil”, destacou Siqueira.
- Compartilhamento de arquivos em nuvem
Aumentar a produtividade e a colaboração no ambiente de ensino e pesquisa nacional, com segurança, sigilo e disponibilidade. É com esse objetivo que a Capes e a RNP estão desenvolvendo o edudrive@RNP, serviço de sincronização e compartilhamento de arquivos em nuvem. Um diferencial é garantir que os dados dos pesquisadores não estejam sujeitos a termos e políticas de uso de grandes players e outras nações, além de todos os arquivos estarem armazenados em datacenters no Brasil.
Os testes começaram em 2017 e, ao longo de 2018, diversas novidades foram implementadas a partir de feedbacks contínuos recebidos dos usuários, entre elas a inclusão do perfil de convidado. Com isso, os usuários do edudrive@RNP (“anfitriões”) poderão convidar pessoas que não possuem conta para acessar o serviço. “Sabemos que existem problemas de segurança associados aos vários serviços de armazenamento em nuvem disponíveis no mercado, tanto que a maioria absoluta deles é bloqueada em redes corporativas. Nesse sentido, a iniciativa do edudrive é essencial, pois ela nos permite o acesso a essa tecnologia sem deixar de lado a segurança exigida por uma instituição como a Capes”, destacou o assessor da Diretoria de Avaliação e usuário do serviço, André Luiz Brasil.