Confira 10 dicas de segurança para se proteger de fraudes durante a Black Friday

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As ofertas da Black Friday, realizada oficialmente nesta sexta-feira, 24/11, geram expectativa em grande parcela dos consumidores brasileiros. As transações online já representam mais da metade das compras realizadas no Brasil, segundo um estudo da PwC, e as vendas pela internet devem dobrar até 2021. Porém, todo cuidado é pouco na hora de aproveitar as promoções e comprar o produto ou serviço desejado. A RNP, por meio do Centro de Atendimento a Incidentes de Segurança (CAIS), orienta dez dicas úteis para se proteger de fraudes durante as compras:

1) Prepare seu computador ou dispositivo móvel

Verifique se o seu computador ou dispositivo está atualizado, se tem antivírus e se ele também está atualizado. Atualizações são importantes porque a cada dia surgem milhares de novas ameaças, e um antivírus desatualizado por deixar seu dispositivo desprotegido. De preferência, execute uma varredura completa no dispositivo antes de realizar a compra. Se existir algum vírus, não é seguro fazer compras online a partir dele.

2) Use navegadores de acesso à internet confiáveis

Todos os principais programas que permitem acesso à internet (Mozilla Firefox, Google Chrome, Apple Safari, Internet Explorer, Microsoft Edge, entre outros) têm atualizações automáticas que oferecem mais proteção contra sites utilizados em golpes de phishing e vírus.

3) Tenha cuidado ao utilizar redes sem fio públicas ou desconhecidas

Se possível, evite usar essas redes para fazer compras online ou acessar o Internet Banking. Não há garantias de que seus dados estejam trafegando de modo seguro, pois alguém pode ter acesso a seus dados pessoais e financeiros, ou direcionar o acesso a uma página falsa e instalar programas maliciosos automaticamente.

4) Esteja atento à existência da loja ou da veracidade do seu site

Algumas informações presentes no site ajudam a identificar a procedência da loja. Verifique se o site possui visível o número do CNPJ, endereço físico e telefone da loja (exigência de legislação em vigor desde 2013). Essas informações podem ser comparadas ao pesquisar o nome ou domínio da loja com referências oficiais, como o Registro.br, Receita Federal ou na Junta Comercial do seu estado. Além disso, o Programa de Proteção e Defesa do Consumidor de São Paulo (Procon-SP) mantém uma lista de sites suspeitos e não recomendados, que devem ser evitados. Você pode também fazer uma consulta sobre a empresa em sites de avaliação de consumidores, como o Reclame Aqui ou o Proteste. Lá, pode-se confirmar pelo relato de outros usuários se a empresa realmente existe, e a sua reputação, com relação a atrasos na entrega, problemas com trocas, produtos danificados, entre outros.

5) Verifique se o site oferece comunicação segura

O nome técnico desse protocolo é SSL ou TLS, e pode ser verificado no navegador da página pelo formato do endereço “https://www.siteloja.com.br” (ao invés de http://), com o ícone de um cadeado do lado esquerdo. Esse protocolo garante que seus dados sairão do seu computador ou dispositivo móvel cifrados, não podendo ser lidos ou modificados por um usuário malicioso no meio do caminho, sendo somente decifrado pelo sistema da loja ao receber os dados. (Atenção: ter o HTTPS e o cadeado por si só não é garantia que o site não seja malicioso, ou que a referida loja não seja fraudulenta. Veja as informações da dica nº 4).

6) Cuidado com o phishing

Evite acessar as ofertas e promoções diretamente por links ou imagens recebidas por e-mail. Os e-mails maliciosos, conhecidos como phishing, estão cada vez melhor elaborados, se fazendo passar pela loja verdadeira e até mesmo anunciando ofertas reais, podendo facilmente enganar quem recebe as mensagens. Ao clicar nessas mensagens, você pode ser direcionado a uma página falsa, ou instalar automaticamente softwares maliciosos, como keylogger, backdoors, trojans e outras ameaças. A melhor forma de evitar o problema é acessar diretamente o site da loja e procurar o produto pelo sistema de buscas, digitando o código da oferta, ou pelo nome do produto informado no e-mail, e conferir se de fato a promoção procede.

7) Atenção ao usar o cartão de crédito

Usar o cartão de crédito em compras online é tão seguro quanto usá-lo em um restaurante. Tanto no mundo virtual quanto no mundo real, estamos sujeitos a fraudes ou vazamento dos dados do cartão. Dessa forma, nunca armazene e deixe gravado os dados do cartão de crédito em sistemas de compras de sites, por mais confiável que a loja aparente ser. Dê preferência ao uso de formas de pagamento em que não é preciso fornecer os dados do cartão de crédito à loja.

8) Evite realizar depósito bancário direto em nome de pessoas físicas

A possibilidade de fraude é enorme, e a garantia de identificação da pessoa ou ressarcimento do valor pago é mínima. Caso não queira usar o cartão de crédito para realizar a compra, prefira o uso de boleto bancário ou serviços de entregas a cobrar.

9) Desconfie de ofertas boas demais

Apesar de tentadores, desconfie de preços muito abaixo da média do mercado, podem tratar-se de uma fraude. Descontos em produtos que têm muita procura, como roupas ou perfumes de grife, smartphones, tablets, videogames, computadores, laptops, etc., já contando com impostos, raramente ultrapassam os 30%. Pesquise antes o preço médio do produto em sites especializados em comparações de ofertas entre lojas. Sites como esses mostram, inclusive, a variação de preços durante um determinado período anterior e dão noção dos descontos praticados no mercado.

10) Leia os Termos de Uso e a Política de Privacidade da loja

É importante conferir os termos de uso e política de privacidade da loja, para evitar futuras dores de cabeça com possíveis vazamentos de informação. Como em todos os sites de compra, é necessário concordar com os termos e políticas do site para concluir a compra. Portanto, esteja ciente de todas as cláusulas e condições e, se porventura não concordar com elas, não efetue a compra. Também é importante estar ciente da política de trocas, desistência da compra e devoluções para saber como a loja reage a esse tipo de ocorrência e se está de acordo com a legislação (Artigo 49 do Código de Defesa do Consumidor).