Promover a integração global e a colaboração apoiada nas TICs nas relações Sul-Sul. Foi com esse objetivo que a RNP ajudou a unir pesquisadores brasileiros e africanos, durante o seminário internacional ‘Culturas, espaços e saberes: experiências do Sul’, realizado nos dias 8 e 9/5. Professores da Universidade Agostinho Neto (UAN), de Angola, compartilharam suas experiências e conhecimento com os da Universidade de Brasília (UnB), por meio do nosso serviço de Conferência Web. Pesquisadores em universidades parceiras da Alemanha e Portugal também participaram do evento, que foi a primeira experiência de colaboração remota do grupo de pesquisa formado há dois anos.
“O seminário faz parte de um projeto de cooperação acadêmica entre Brasil e África, chamado ‘Leituras cruzadas: África e Interdisciplinaridade’, financiado no Brasil pela Capes. Nosso objetivo é fortalecer os estudos sobre África nos dois países (Brasil e Angola), por meio de reuniões, seminários e intercâmbio de professores e alunos”, explicou um dos organizadores do evento, o professor da UNB Rodrigo Pires de Campos.
Com três anos de projeto, o apoio da RNP será fundamental para os pesquisadores intensificarem a parceria e pensarem nas ações conjuntas após o fim desse projeto. “Até então, nossas interações eram realizadas via Skype, mas nos deparamos com diversas limitações técnicas. A descoberta do apoio da RNP foi fundamental para viabilizarmos encontros mais estáveis e de melhor qualidade. No seminário, a organização viabilizou duas palestras de pesquisadores da Angola e tudo ocorreu perfeitamente e ainda com possibilidade de interação, o que se apresenta como uma possibilidade concreta de aproximação do diálogo”, ressaltou Campos. Em Angola, o apoio técnico foi oferecido pela operadora multinacional Angola Cables.
Nosso diretor-geral, Nelson Simões, participou de uma mesa redonda sobre o tema ‘Movimentos sociais, redes e experiências de cooperação’. O painel focou em iniciativas de desenvolvimento social, econômico e científico de empresas e instituições desses países, a fim de aumentar a cooperação Sul-Sul. “Há uma importante cooperação técnica e científica entre o Brasil e África. O cenário nos próximos dois anos indica que essa integração será potencializada pelo surgimento de iniciativas de redes de pesquisa africanas e sua interconexão direta a América do Sul por cabos submarinos. Portanto, para a RNP, desde já, apoiar os programas de pós-graduação e as nossas instituições com plataformas de colaboração de alta qualidade, como as reuniões por vídeo, significa antecipar e ampliar os resultados dessa colaboração”, destacou Simões.
Primeiro cabo submarino de fibra ótica a atravessar o Atlântico Sul
Quem também participou do debate com nosso diretor-geral foi o CEO da Angola Cables, António Nunes. A empresa é responsável pela instalação do primeiro cabo submarino de fibra ótica a atravessar o Atlântico Sul – South Atlantic Cable System (SACS), conectando diretamente as cidades de Fortaleza e Luanda. Nunes aproveitou a oportunidade e a temática da mesa para falar dos benefícios dessa infraestrutura.
“A entrada em serviço desse cabo submarino irá certamente aumentar a possibilidade de inter-relações sociais entre os povos angolano e brasileiro, que puderam ser identificadas durante o seminário. São povos que partilham várias raízes comuns”, explicou o CEO. “Acreditamos que as empresas, instituições científicas e de ensino poderão apoiar-se neste meio de conectividade e potenciar os seus negócios, a sua criatividade, aumentar o seu mercado, assim como até promover as suas iniciativas e atrair novos investidores para os seus projetos”, concluiu o executivo.